Após duas memoráveis semanas de detenção e aprisionamento finalmente sai, fui ao Centro do Rio, local de caos e desordem que eu adoro. Tudo bem que o motivo não foi lá grande coisa mas os fins justificam os meios. Sinceramente eu estava preocupado em ser assaltado, eu tava andando como turista, olhando para o alto dos prédios, circulando praças, até fiquei no meio do rapa.
Eu ainda não sei se foi só leseira minha ou se eu perdi meu arquivo mental sobre o Centro, parecia tudo novo e tão bonito, eu estava tão extasiado que quiz ajudar um casal de estrangeiros perdidos, mas eles fugiram de mim, eu fiquei imaginando como seria o diálogo, na verdade nada produtivo.
Essas absorsoções que nos tomam de repente e nos levam a um patamar desconhecido são fundamentais para a renovação de perspectivas das quais tanto falo. Não é uma questão filosófica, nem uma nova metodologia de vida, é apenas uma nova observação dos espaços e situações cotidianas que intensificariam a rotina levando-a a uma metamorfose constante.
É como ver o sol nascer todo os dias e buscar nas peculiaridades do momento sua diferenciação do anterior. A diferença cria valor, e o valor compra espaço na memória para alocação de percepções e sentimentos realizados naquele momento de esplendor.
Foi ótimo voltar ao Centro hoje, especialmente hoje, segunda-feira, onde todos estão dispostos, mesmos que involuntariamente, e o dinamismo da cidade é um tanto quanto particular. A segunda transpira esperança, confiança num futuro próximo e vontade de "correr atrás". Espero que minhas percepções também se renovem todas segundas-feiras.
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