8 de abr. de 2006

Não é tão simples assim

Em volta à projeto final, trabalho de freela, e minhas próprias turbulências mentais, encontro nesse blog alguém em quem descontar minhas exacerbações. Noites de insônia e prospecções para o futuro me afligem quando me deito. Minha agenda mental é revisada quando encosto a cabeça no travesseiro, me viro de um lado ao outro da cama editando minhas feitorias para o dia seguinte. Mas acho que isso é normal, todo mundo é estressado e ansioso. Como estou a desembarcar desta parte de minha jornada, nada mais natural de que viver a cada instante a expectativa de um novo começo, seja ele qual for.
As vezes, quando olho para o lado, parece que todos tem seus planos concisos e esquematizados, enquanto eu fico à deriva de meus próprio devaneios, anseios e sonhos. Sonho com coisas impossíveis, isso desde criança, mas não me importo. Seria comum de mais para um candidato a louco como eu ter os mesmo sonhos de todos. Quando as pessoas amadurecem elas se definem como frustradas, deixam de lado seus sonhos infantis, eu não. Ainda quero voar, ser o aquamen, combater o crime e ter o batmóvel. Se isso parece ou é impossível... who cares! Pelo menos dentro da minha caixa de pandora cefálica eu continuo a almejar as coisas que me trouxeram a este ponto. Constancia e estabilidade nunca foram qualidades minhas, procuro mostrar-me do jeito que sou, a maioria acha louco, maluco, no mínimo anormal, mas como já disse Freud, somos todos loucos, cada um com sua neurose, psicose e obsessão.
Nada é tão simples a ponto de ser nomeado e ficar na história com apenas um característica, tudo é mutável e etéreo até quando chega alguém e lhe toma a imaginação.