30 de set. de 2007

A Vida de Um Poste

São duas horas da manhã e o que sobra aos justos me falta neste momento, o sono. Coisas passam pela minha cabeça e tintilam meu pensar com tanta força e luminosidade que mesmo com os olhos fechados sinto esta luz brilhar dentro da minha cabeça. É quase um sol que me deixa alerta e notívago. Melhor então fazer este tempo, meu fiel inimigo, render mais um pouco. "Já é amanhã!", diria eu se não estivesse em casa tentando dormir, se estivesse na boêmia, na companhia dos mais alegres que sempre me rodeam nestas horas, mas que guardam dentro de si suas próprias amarguras. Assim crescemos, marcados pelos traumas, traumatismos e pancadas que tomamos ao longo da vida, vida essa que para mim se encerra quando deixamos de acreditar que ainda suportamos mais. Mas, já que falei em mais, quero mais, mesmo que apanhe, mesmo que doa, mesmo que continue a ter de escrever mesmo... mesmo assim. Quero mais dessa vida pequena, suburbana e mesquinha. Eu sei que pensará: "Só depende de você!". Quem dera eu fosse tão simples, mesmo sabendo que o é. Como sempre sou confuso e sinceramente acredito estar sendo mais a cada vez que escrevo também sou confuso ao resolver meus problemas, tomar as minhas decisões e concatenar as minhas idéias. De qualquer forma eu só quero que esse parágrafo acabe, esperando um dia ter todo o controle sobre a minha incontrolável vida.
Àqueles que passam e deixam-me marcas, que me façam crescer e aprender que cretinos vão e vem, paixões apagam-se como velas e pensamentos só são bons de dia!
Boa noite!