14 de nov. de 2008

O Derradeiro e Fatídico Dia da Alegria - para Andrea

Chega um dia que não tem como escapar, você se esforça, desvia o caminho, luta com seu próprio eu, mas não adianta, a alegria te pega. Uma sensação de nostalgia por coisas que ainda vão acontecer, onde toda a melancolia fica presa em um canto da mente que nesse instante torna-se inacessível. Você transborda, fica com aquele semblante irritante a todos aqueles que estão a sua volta e não compartilham de sua exuberância de serotonina. O que pra você pouco importa, o grau de alegria é tão alto que o baixo astral e angústia do próximo não te afetam de maneira alguma. Deve-se apreciar este momento, raro e fragmentado em nossa existência, motivação de vidas inteiras e por muitas vezes alcançadas por poucos. Nesse estado de espírito é possível relavar as dificuldades e contemplar soluções que, de onde se estava , eram escondidas pelo horizonte. Seja feliz nestas novas etapas e busque entender as opções que se abrem. Pois o futuro sempre planeja coisas boas para aqueles que planejam o futuro. 

29 de jul. de 2008

Full Head Special Tricks!

Não estou aqui para ficar divagando sobre o infindável porem escasso tempo que tenho, mas apenas pra esvaziar os meus neurônios desta carga inexorável negativa de elétrons que, por mais que nunca pertinente a realidade, giram em torno da minha existência ou do que acredito ser a minha manifestação neste paralelo.
O grande insight que tive nos últimos dias revela-se cotidianamente mais correto, estou cansado. No auge da minha vida terrena, com esse quarto de século viajado, com léguas e léguas percorridas e uma intangível qualidade de companheiros de jornadas, palmas para todos aqueles que atravessaram meu caminho, declaro que meus joelhos tremem diante do horizonte que mostra-se deitado, imóvel e inatingível. Óbvio que não trato do aparato que me traz mobilidade através de contrações muscalares, mas sim da tracionante sensação que faz minha mente executar funções que antes eram prazerosas e enebriantes.
A perplexidade de minha criativadade assustaria qualquer observador mais íntimo, pois os que comigo compartilharam por mais tempo meu empoirado trajeto, saberiam que o este que dispara verbetes sem sentido neste momento já foi uma pensador mais perspicaz.
De certo que substâncias me faltam, e que os maltratos que a mim mesmo incuti hoje despertam as sequelas que agora apresento. Mas, ainda que possa parecer discurso de coitado, tenho plena certeza que meu cansaço provém das incursões rotineiras no imaginário laboral próprio.
A busca por novas fronteiras, a qual antes motivavam minha massa cinzenta ao postar-se ativa e exuberante, hoje estão cada vez mais distantes e inócuas. Tenho sido arrastado pelo cotidiano produtivo de minha posição no eixo industrial a tornar medíocre meus raciocínios e objetos de minha mãos.
Isto me entristece, mas não por muito tempo, pois posso afirmar que o equinócio de uma nova primavera se aproxima, obvio que não elocubro sobre o rotacionar do planeta, mas sim de uma nova era na qual a minha posição no meu micro-universo revelar-se-a resplandecente para uma nova jornada.
A ruptura a que me proponho parece-me no momento árdua, no entanto conto com a ignobilidade sentimental para alcançar meu objetivo, este traçado ao custo de alguns minutos de insônia que têm me assolado faz alguns meses.
Aos que ficam, desejo-lhes sorte, sucesso e momentos doces, sempre grato por tê-los comigo nessa etapa tão reveladora. Não sou decerto um pensador concatenado mas acredito que minha dialética tem ajudado-me a retirar deste fardo um pouco de conhecimento para aplicações futuras, esperando sempre que os juros deste investimento rendam, afim de tornar-me rico desse saber que é preciso para viver.