31 de jul. de 2006

Essa Minha Vida Obtusa... .. .

É estranho tentar visualiar o futuro nessa perspectiva que me encontro. Todos caminhos parecem feitos com curvas de 90 graus. O meu ponto de fuga fugiu de mim e me encontro a cada dia com paradoxos e decisões que torna essa experiência assustadora e prazerosa. O intento de criar estrutura para um vindouro e bem sucedido descansar da mente consomem-me e fadigam meu paupérrimo intelecto já morimbundo. As vezes temo falar pois, como o andarilho errante, desconheço meu paradeiro. Sem rumo, sem rota, sem objetivo fixo, só idéias que passam adiante meu olhos e me apetiscam o pensamento. Preciso de uma âncora para não encalhar na enseada, mas nada tão pesado que me impeça de continuar minha navegação, principalmente de aportar em novos lugares, nunca dantes visitados por devaneios perdidos. Tudo parece mais simples a noite, quando a pouca luz diminui a visão consigo me concentrar em coisas que me rodeiam a pouca distância. É estranho como nessa ora me vêm essas reflexões sobre as perguntas que me assolaram durante o período diurno. Tão estranho quanto este relato é que pressionando esses botões calejados e empoeirados me sinto mais perto de meu alvo, mesmo ainda desconhecendo o que quero. Quero ter riqueza para ter bens, quero ter bens para aproveitar, quero aproveitar e relaxar, o que me retorna ao paradoxo de ter de trabalhar para descansar, ou seja fadigar o corpo e a mente para que tenham descanso. Sinto-me como num ciclo vicioso onde preciso fazer o que não quero para não fazê-lo. Ainda que inconciso e obtuso este ponto que concluo espero tê-lo deixado tão confuso quanto estou agora, já que viajar sozinha nunca foi bom para ninguém. "Tão perto do que quero, tão longe de mim mesmo!"