2 de abr. de 2007

Do Caos ao Caos... eu quero sair daqui

Há muito tempo venho fazendo isso, e pelo visto continuarei a fazer, contestando o time e sua maliciosa personalidade e escuso serviço. Daqui de onde estou, cravado nesse recinto até que as trombetas do término de mais um expediente vibrem , o tempo parece nos envolver em seu tragicômico método de trabalho. O processo metodológico que Chronos desenvolveu para com que as coisas tivessem animação as vezes parece falhar. Olho para os objetos, para a tela dessa máquina obesa, para as pessoas ao meu redor, e tudo parece igual a 6 horas atrás. Esse abominável meio que esboça pequenos movimentos, as vezes peristálticos, as vezes coloidais, continua a girar e as únicas que se transformam são os esforços exauridos que antecedem o cansaço do fim do dia.
Como fazer para o dia passar mais rápido é uma das questões que me vem a mente quando estou enfurnado nesse prozaico recinto de criação corporativa. Creio que apenas negar que existem as horas e que tudo o que faço me faz gastar este tempo, transforma o passar do dia em uma jornada ainda maior. Com a mente vazia e com obrigações pífias destino meu cérebro a concatenar pensamentos sobre fatores os quais não tenho controle, o que faz sentir-me fraco e deprimido. Minha soberba se vê maculada com a pequenez de minha existência neste universo que não precisa de meu trabalho para mover-se.
Enfim fico feliz ao saber que tenho menos uma responsabilidade, nunca quiz ser motor de nada, muito menos de vidas senão a minha.