12 de jan. de 2009

Vapor nocivo de pensamentos alheios

Definitivamente qualquer palavrório desenfreado há de desencadear algo trágico. Por demasiado falar e ínfimo ouvir as vezes me perco nas minhas palavras, atinjo pessoas que nunca quiz fazer mal. Não tenho como me retratar e muito menos culpar meu intelecto naive. As escolhas que faço, desde o momento da primeira sinapse até a articulação de meus músculos faciais me condenam por minhas palavras expurgadas ao léo sem discernimento e soltas na obscuridade de meus pensamentos conscientes ou não. Esta alma que carrego se encontra submersa em teorias dantescas sobre ela mesma, e por refração, as conjecturas que afirmo e julgo serem as reais nada mais são do que o grosso líquido, espesso e turvo, que envolve as concatenações que monto a partir do que vejo e sinto. O que me vem aos olhos é fácil julgar, não costumo me enganar por beleza e brilho, mas o que sinto realmente não entendo, acho que é um campo de batalha onde fico sempre no meio, nunca sabendo qual lado combater. Dessa forma sou sempre o primeiro a cair, nunca um mártir, nunca lembrado, apenas mais uma casualidade na guerra incessante que acontece dentro desta cabeça enevoada e de marés inconcisas.

Um comentário:

João Mello disse...

"Mente enevoada" isso é papo de obnubilado...ou de ma#$conheiro mesmo hehehe