Parece-me que nesse último mês quem esteve de férias foi meu raciocínio. Tudo que fiz foi movido pelo instinto, como dormir, comer e dormir novamente, arrisco a dizer que o estado vegetativo não passou longe. Mas apesar disso tudo posso, após esse imenso intervalo, analisar os fatos e tentar concatenar idéias para trazer a discussão os aspectos subliminares da vida.
Nessa minha travessia pelo inócuo portei-me como rélis figurante, passei desapercebido e tornei-me parte de um cenário comum a todos os que ainda respiram nessa planeta moribundo. Despido de minha habitual soberba, escudo contra os inflamados dardos alheios e pseudo intelectualidade, corri por meios medíocres e trafegados pela maioria da população. Mas nunca relapso à minha principal missão: observar.
Sem me ausentar dessa pátria honrosa experimentei o contato com culturas alienígenas, mas não estou me refirindo aos extras mas sim aos intra-terrestres. É espantoso como a atividade laborial pode fazer com que culturas opostas por marcos geográficos, étnicos e religiosos se compreendam tão bem, sem a espectativa de uma possível degladiação.
A importância do filtro decodificador, que não se trata de um ouvido atento ou de uma parlatório lento, mas sim da moeda corrente, mostra-se vital ao entendimento entre as partes e a conclusão do ato comercial. O interesse de ambas as partes por sucesso na troca e obtenção de bens mostrou-me um fator relevante, é necessário um meio comum a todas as culturas para a boa comunicação entre as partes. A matemática simples e intensamente aplicada designa a si própria um papel de linguagem tradutória de interesses e a atenção aos numeros ganha destaque nesse paradigma.
O que intento com essa elocubração entediosa e ressaltar o valor do protagonista de toda a comunicação: o interesse. Nada se move sem que haja interesse em mover algo. Toda a criação foi executada com um único interesse, ou seja, não sejamos tolos e insensatos deduzindo que os fatos acontecem por que tem de acontecer ou por mera fatalidade. A manipulação do meio é feita por aqueles que sabem quais controles usar, e esse é o real poder abicionado por todos os grandes homens da história.
Eu busco intensamente esses controles, a sabedoria de conseguir apertar os botões certos que possam gerar o efeito que pretendo. A maquinação parece malígna, mas o fim é nobre, bem pelo menos para mim. Detestaria citar Maquiavel, mas ainda não inventou-se uma forma de chegar ao fim sem perder alguns peões.
6 comentários:
Juro q não acredito q eh vc q escreveu isso...na verdade comecei a ter dor de cabeça qdo dava chegando na metade da parada...e nao consegui terminar de ler...
pq vc escreve esses negocios? vc fumou algum?. tava doidão..ou apenas eh isso q passa na sua cabeça? pq se for eu estou com medo. e assim, vc entra no seleto grupo de figuras estranhas da turma: mumu, pysico, luis..
Caro amigo, concordo com seu ponto de vista, entretanto gostaria de fazer algumas ponderações, se assim me permitir. Acredito que o instinto por vezes nos é fundamental, e uma medida protetiva de nossa tão brilhante mente, que nos defende de nós mesmos, seus piores inimigos. O fato de darmos vazão ao instinto ou de simplismente ele apoderar-se de nós, nos traz, paradoxalmente, de volta à razão, de uma forma revigorante e por vezes inspiradora, desde que tenhamos brechas em nossa visão, para que tal luz intelectual frutifique no solo fértil de nossa teleologia. Passar despercebido nos faz destacados, pois a soberba de nossa alma perde seus alvos visíveis, e passa a confrontar-se com si mesma, nos trazendo de volta o senso, transformando conhecimento em realidade, e até mesmo a retórica em práxis. O que nos difere do comum, é exatamente o senso de reconhecimento como partícipe dessa realidade, tendo, através de uma reflexão endógena, a lucidez de que, fazendo parte dela, temos com ela um elo indissolúvel, que precisa não apenas existir, mas interagir, fazendo a diferença, de forma consciente de seu papel nesse processo dialético e contraditório. O meio medíocre é feito pela falta desse “feedback” de si consigo mesmo, por parte dos outro peões, desse jogo social, no qual estamos inseridos, que é muito mais complexo do que imaginamos, haja vista sua experiência alienígena, experimentando o néctar do sistema sócio-econômico vigente, que permeia não só as relações de troca, mas todas as relações existentes na vida humana, inclusive as culturais, afetivas, emocionais, religiosas, educacionais, etc...tal fato, em sua experiência, se mostrou nas relações de troca, mas foi apenas uma de suas facetas, nesse mosaico insólito e alienante que rege nossa sociedade. Isso fez com que a moeda se tornasse de certa forma o representante dessas relações, se tornando diria eu, além de filtro decodificador, um simplificador de coisas “insimplificáveis”, um vulgarizador das relações que compõem nossa realidade e nossa história. Não é a matemática que designa a si própria valor indevido, mas os seres, que se dizem humanos, que a utilizam para seus próprios fins, subestimando sua importância como ciência, e elevando-a a mediadora das relações entre os homens. E você, meu caro amigo, não almeje tais poderes, estes sim, medíocres, que somente denotam o lado podre de uma raça criada para atitudes dignas de seu Criador, e não as que vêm tomando, de negação da inteligência que lhe foi dada.
Calma crianças....
A matemática não tem nada a ver com isso, ok?
Vejo que terei que aparecer mais aqui para colocar ordem no pedaço.
O farei.
atualiza diego!! eu gosto das suas maluquices! ahaha!!! bjos
Ass - Bitoca
Eu gosto do que ele escreve... e obrigado pelo elogio! :))
Quis responder à primeira mensagem... ficou esquisito.
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